Hoje, vindo trabalhar, fiquei triste com o descaso do poder público aos habitantes da cidade de SP. Em cada um dos três viadutos em que passei era possível contar mais de dez moradores. No vão que seria canteiro da av. dos Estados existe, pelo menos, oito "mocós", ou "puxadinhos" construídos em madeira de caixote, com as laterais do canteiro fazendo o papel de paredes. Em uma delas é possível avistar ainda um pote plástico com três flores de papel decorando o teto do que mais parece uma casa de cachorro superdimensionada. Agora, olho os jornais online depois de mais uma chuvarada daquelas e a sensação de abandono me invade novamente.
O prefeito, Gilberto Kassab, só sabe dizer que "está chovendo muito" e nosso excelentíssimo governador e pré-candidato à Presidência da República, sobrevoou de helicóptero alguns pontos alagados. Nenhuma medida de emergência foi anunciada, nenhum plano para evitar estragos maiores foi discutida.
Abandonados estamos e abandonados continuaremos. O que fazer?
PS: Aos amigos do ABC paulista, meus préstimos. Os governantes municipais de lá não estão se saindo melhores, principalmente quando acobertam, por anos, grilagem em área de manancial.
26 janeiro 2010
25 janeiro 2010
vertigem
O fantasma do passado alimentado por desejos estranhos de retornar àquilo que não queríamos antes e por isso nos afastamos.
Não preciso estar só para me sentir só.
Não preciso estar só para me sentir só.
23 janeiro 2010
pequenos poemas
Revi fotos, embrulhei presentes.
Ouvi música e escovei os dentes.
Cantei canções ultrapassadas, andei por ruas esburacadas, pedi conselhos a pessoas desalmadas. Comi granola, nunca pedi esmola, segui de carona e cheguei na areia.
Sentei na praia, respirei fundo e entendi que o mundo é todo feito de pequenos poemas.
Ouvi música e escovei os dentes.
Cantei canções ultrapassadas, andei por ruas esburacadas, pedi conselhos a pessoas desalmadas. Comi granola, nunca pedi esmola, segui de carona e cheguei na areia.
Sentei na praia, respirei fundo e entendi que o mundo é todo feito de pequenos poemas.
08 janeiro 2010
tenho vontade...
de gritar, alto, mas tão alto, que até os anjos se assustariam
de cavar um buraco bem fundo e entrar nele e ficar ali, quietinha
de pegar parte das minhas coisas e sumir no mundo
de xingar tudo e todos e afirmar categoricamente que a vida, o mundo e as pessoas são todos uns merdas!
de que tudo isso passe logo porque, no fundo, eu acredito na humanidade e na alegria, só não consigo encontrá-los no momento...
de cavar um buraco bem fundo e entrar nele e ficar ali, quietinha
de pegar parte das minhas coisas e sumir no mundo
de xingar tudo e todos e afirmar categoricamente que a vida, o mundo e as pessoas são todos uns merdas!
de que tudo isso passe logo porque, no fundo, eu acredito na humanidade e na alegria, só não consigo encontrá-los no momento...
05 janeiro 2010
Talvez
talvez estejamos equivocados, com as ilusões desfragmentadas e as mãos calejadas
talvez estejamos confusos e ansiosos, querendo muitas coisas e não abandonando nenhuma no caminho
talvez estejamos livres demais, preocupados de menos e acabamos nos descuidando do pouco que temos
só que entre confusões e desencontros, verdades incontáveis e mentiras justificáveis, existe amor
talvez estejamos confusos e ansiosos, querendo muitas coisas e não abandonando nenhuma no caminho
talvez estejamos livres demais, preocupados de menos e acabamos nos descuidando do pouco que temos
só que entre confusões e desencontros, verdades incontáveis e mentiras justificáveis, existe amor
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