30 outubro 2009

Redação

Reclamo, reclamo, mas gosto da doidera de uma redação, até das coisas estapafúrdias como as caras fechadas, os passos pesados, as risadas altas (a minha entra nesse segmento), alguns gritos histéricos (quando eles não são comigo, claro!), do ambiente, das fofocas, das notícias do dia, da decisão do que entra e do que sai das páginas do jornal do dia seguinte.

E o estilo? Diferente em cada editoria. Os com visual mais moderno, os senhores de cabelo branco e camisa, os jovens de terno (de Brasil, lóóóógico), o trio imbatível: jeans, tênis e camiseta para meninos e meninas. Tem ainda as "super-fashion" espalhadas por aí, As e Os elegantes, as largadas e os amassados e, sempre, os completamente sem noção nenhuma de moda (acho que grande parte dos coleguinhas entra nessa faixa...rs)

Depois de quatro meses de obras, deveremos encontrar uma redação cheirando tinta de nova em menos de duas semanas. E, olha, tá ficando bem legal!

28 outubro 2009

Ainda aprendo!

Não entendo. Porque insisto em criar expectativa sobre o que as pessoas irão dizer ou fazer? E, pior, fico arrasada ou muito brava quando elas fazem diferente daquilo que eu esperava!
Acho que sou muito mimada, não?

Enfim. Aguardo mais senso de coletivismo e camaradagem. Faço parte de uma fornalha de pessoas que realmente se interessa pelo bem-estar dos outros da mesma espécie (e até de espécies diferentes).

Em todo o caso, mais uma vez fui dura com quem não atendeu as minhas exigências veladas. Apenas queria um pouco mais de atenção, de condescendência talvez, pelo fato de que tenho que trabalhar no fim de semana com um casamento no meio.

Primeiro, será um milagre eu conseguir chegar na igreja em tempo. A cerimônia está marcada para às 18h40 quando eu imaginava que seria por volta das 20h. Estou de plantão, ou seja, impossível sair do jornal às 18h e chegar pronta e linda em algum lugar antes das 19h! Mais: não posso ir trabalhar de vestido longo, salto alto e bolsinha de mão!

Bom, tive de me conformar em ir direto para a festa e ainda arcar com o táxi sozinha. Aí, comentando com meu namorado sobre que deveria ter uma hora para eu ir embora, já que trabalho no domingo, ele simplesmente me diz: "é, vai de táxi e eu me jogo na casa do Gabriel". Ou seja, em nenhum momento ele pensou em perder duas horas finais da festa para me acompanhar de volta!

Estou revendo se irei ao casamento nesse momento. Talvez eu vá pq, sinceramente, gosto da noiva. E conheci o noivo e também gostei. São pessoas que, de uma forma ou de outra, estarão presentes na minha vida e gentilmente me convidaram. Mas ir e voltar sozinha de um casório em São Paulo é muito, muito triste.

Estou exagerando?

26 outubro 2009

Revendo conceitos

De tempos em tempos isso acontece: o mundo parece que vira de cabeça para baixo e tudo deixa de fazer sentido. Primeiro, me ataca os nervos e estes estão descontrolados. Tive de parar, respirar e tentar limpar a mente dessa enxurada de emoções que vieram em comitiva me envolver.

Algumas expectativas não foram alcançadas e estou insatisfeita com relação a questões estratégicas. Então, resolvi mais uma vez deixar a roda da vida girar como numa gincana e estou torcendo para cair no prêmio mais bacana! Trabalhando o pensamento para chamar coisas boas!

Estou com muitas saudades de alguns amigos em especial, mas preciso confessar que só saber da existência deles na minha vida me faz sorrir!

23 outubro 2009

Festa boa!

Ontem fui na festa de abertura da Mostra Internacional de Cinema e fui surpreendida. Primeiro, esperava um pessoal mais velho e o que vi foi muita garotada. Também achava que veria mais modernosos do que havia. Acho que preciso rever meus conceitos de "tribos urbanas".

Tietei a Vanessa da Mata, que é ainda mais linda (e alta) do que no palco. Tentei puxar papo com Marcelo Rubens Paiva e descobri um escritor antipático e com uma constante cara de c#. Dancei um pouco, tomei chuva, fui fumar meu cigarro no "chiqueirinho", conversei com as mais diferentes pessoas, dei risada, chorei, me emocionei, tudo isso em uma única noite.

Foi bom seguir para a balada sozinha, sem o namorado, depois de muito tempo. Claro que senti falta dele, mas preciso voltar a respeitar minha individualidade, descobri que estou num momento em que ela está sendo muito importante.

Hoje sigo para Campos do Jordão, numa viagem bate-e-volta de trabalho. Me tiraram a primeira sexta-feira depois de um mês em que poderia sair cedo. Fiquei revoltada.

20 outubro 2009

Para pensar...

"Há pessoas que querem ser bonitas para chamar a atenção, outras desejam a inteligência para ser admiradas...Mas há algumas que procuram cultivar a alma e os sentimentos; essas alcançam o carinho de todos, porque, além de belas e inteligentes, tornam-se realmente pessoas"

(João Prestes)

18 outubro 2009

A morte devagar

Morre lentamente quem não troca de idéias,
não troca de discurso,
evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito,
repetindo todos os dias
o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado.

Quem não troca de marca,
não arrisca vestir uma cor nova,
não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário.

Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema,
mas muitos podem,
e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens
que traz informação e entretenimento,
mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas,
ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços,
coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio.
Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional.
Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda,
e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino:
então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira,
pois quando ela se aproxima de verdade,
aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante.

Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia.
Já que não podemos evitar um final repentino,
que ao menos evitemos a morte em suaves prestações,
lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

Martha Medeiros

17 outubro 2009

O que vale nesta vida

Nesta vida o que vale é ser feliz.

Pode ser com dinheiro;
Pode ser com um amor verdadeiro;
Pode ser com um ideal;
Pode ser com o profissional.

Nesta vida o que vale é ser feliz.

Pode dizer que não;
Pode achar que não;
Pode pensar que não;
Pode gritar que não.

Nesta vida o que vale é ser feliz.

Andar descalço;
Rir alto;
Beber com os amigos;
Beijar na boca.

Nesta vida o que vale é ser feliz.

Quem procura outra coisa
Pode acabar perdido
Ou terminar sofrido
Numa vida de mentira.

Paulinha, 2004

15 outubro 2009

MOTIVO

Por algum motivo sempre retornas a mim.
E toma-me de assalto.

Por algum motivo ainda sou presente.
Vivo nas suas lembranças
No passado que não mais retorna.

Por algum motivo me procuras.
Talvez para curar suas amarguras
Talvez para confundir minha mente.

Por algum motivo queres me ver.
Pode ser por desejo, puro e simples.
Pode ser por curiosidade.
Pode ser por amizade.

Não sei o que vês quando me olhas.
Nem o que pensa sobre mim.
Mas gostaria que me olhasse de novo
Com novos olhos.

Já me olhastes uma vez, há muito tempo...
Já me fez promessas que nunca se cumpriram.
Já alimentou minha alma de poeta
Pra ti escrevi inúmeras poesias que você nunca leu....

Olha-me de novo.
Mais atento.
Menos sedento.
Com mais sinceridade.

Não quero mais mentiras.
Não quero mais acalentar esperanças.
Não quero mais enganos e desencontros.
Não quero mais a dúvida.

Se vieres a mim, quero que saibas a que veio.

Paulinha, 2004

14 outubro 2009

deixe no passado o que é de lá

Hoje lembrei-me de uma frase de Quintana que diz mais ou menos assim "Vivemos a nos preocupar com o futuro, mas é o passado quem nos atropela e mata".

Não fui checar no Google se a citação está correta porque isso pouco importa. Gostaria de falar um pouco sobre passado, essa terra cheia de lembranças confusas, fantasiosas e nem sempre agradáveis. Alguns cientistas defendem que temos muito mais propensão a reter mais memórias desagradáveis do que agradáveis, mas são essas últimas as que me incomodam.

Calma. Lógico que gosto de ter boas recordações, só que algumas foram tão bacanas que sinto um vazio quando as olho e as vejo distantes no tempo. Pessoas que passaram e deixaram um vazio que não foi substituído. Acontecimentos que mudaram o rumo da minha vida. Encontros que marcaram o que sou hoje.

Essa é a vida, contínua, seguindo, levando e deixando no caminho o excesso de bagagem. É que, de vez em quando, sinto muita falta do que ficou.

12 outubro 2009

Bem no Fundo

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada, e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora e outros pequenos probleminhas.

Paulo Leminsk

09 outubro 2009

Foram três livros em três semanas. E só não abri o quarto e último porque temo perder a vontade de dormir, comer e trabalhar só para ficar lendo.

É. Cai nas teias de Stephenie Meyer e sua saga de vampiros. E o que é pior: sou obrigada a concordar que a mulher é um arraso quando se trata de histórias de fantasia para adolescentes.

O fato é que resisti o quanto pude contra a febre cinematográfica que está vindo depois da literária. (A escritora vendeu mais de 50 milhões de livros em todo o mundo e cansei de encontrar alucinados como eu que andam na rua com o livro nas mãos e seguem lendo até o máximo que puderem)

Vi o clipe da música tema do segundo longa da quadrilogia, Lua Nova. Reconheci passagens do livro (óbvio), mas fiquei triste em constatar que na minha imaginação Jacob é muito mais bonito...

Bom, enquanto todas se apaixonaram pelo vampiro-mocinho da trama, eu cai de amores mesmo foi pelo lobisomem!! E, na minha imaginação construída pelas habilidosas mãos de Meyer, Jacob é um sonho perfeito para uma garota de 18 anos! Inteligente, divertido, quente e monta carros!

Só que no filme, devo admitir, o Edward ganha toda a sua formosura "perfeita" (tanto q o ator foi considerado o homem mais sexy do mundo e é inglês) e desbanca Jacob fácil na questão estética.

Vamos ver quanto tempo resisto aos filmes, já que aos trailers eu não consegui!

08 outubro 2009

música que 'cola'

E não descola! Ontem foi o dia do rei Roberto Carlos inebriar o dia inteiro dentro do meu cérebro. "(...)mas com palavras/ não sei dizer/como é grande/ o meu amor/ por você" lá lá lá lá lá, lá lá lá lá...

E, assim foi, até eu adormecer. Acordo hoje e quem canta em meu interior? Roberto Carlos! E ele continua rodando na minha vitrola mental até agora!

Eu não ouvi Roberto ontem. Aliás, faz bastante tempo que não o ouço. Mas a lembrança dessa canção me deu condições de entender, pela primeira vez, porque um amigo meu sempre que está com dor-de-cotovelo tranca-se no quarto e tem no rei seu melhor amigo.

Nessas ocasiões, aliás, sempre preferi a companhia de Bethânia e Nana, mas acho que terei oportunidade de testar o amigo do Tremendão. Afinal, nunca estamos imunes a dores de corno! (no sentido figurativo, é claro! ;-) )

07 outubro 2009

Não foi desta vez!

Hoje não consegui acessar o Twitter. E fiquei bem chateada com isso. Estou viciada na ferramenta. Acho uma das coisas mais divertidas da internet atualmente. Sigo em torno de 100 pessoas, alguns são amigos (os que menos usam o sistema), outros são conhecidos da mídia ou do meu mundinho profissional, outros são veículos de comunicação nacionais e estrangeiros. O restante, pessoas que nunca vi na vida. Essas últimas são as mais engraçadas.

Tem o cara (ou um grupo de, ainda não entendi) de humor ácido e irônico que me lembra muito a forma como um querido amigo olha para o mundo. Tem um outro que criou uma pseudoconfusão na Web por ter utilizado o nome artístico de um humorista e, mesmo se auto-intitulando "cover" teve de mudar de identidade. É um caso excepcional de sucesso no Twitter: possui mais seguidores que o comediante real. Ah! Tem Deus também falando as maiores barbaridades, eu O sigo.

Por essas e outras que o Twitter virou meu melhor amigo naqueles minutos entre uma obrigação e outra do trabalho. É minha diversão e meu portal de notícias aleatório (graças aos posts indicando links para mil assuntos diferentes).

Ah! Esqueci dos políticos. Estou amando segui-los. Até o vampiro brasileiro está na minha lista. E fazer uma crítica ao JN diretamente ao seu apresentador e editor-executivo? Não tem preço! Foi ótimo!

Mas, hoje, não rolou. E a tendência é que, quanto mais usuários se viciarem no brinquedinho como eu, mais a baleia vai encalhar na praia...

04 outubro 2009

o amor dói quando não é correspondido
machuca quando é contrariado
arde quando nasce
borbulha quando acontece
sangra quando é agredido
marca quando é vivenciado