22 dezembro 2009

a gente se mistura na vida, nos caminhos, nas risadas, no aconchego, na brincadeira, na bebedeira, no agito, na balada, no campo, na praia, nos parques da cidade.

a gente se mistura com tudo que tem cheiro, sabor, aroma, melancolia, algazarra e energia.

a gente se mistura porque ama, sofre, acompanha, ri, chora e adora estar vivo!!!!

por todas as misturas possíveis eu dou um VIVA!!!

10 dezembro 2009

Mundo pequeno, pequeno mundo

A cidade é grande, enorme. A região metropolitana, maior ainda. E, quanto mais o tempo passa, mais descubro que a grandeza física é ínfima em comparação com a verdadeira distância que separa as pessoas.

Elas se conectam umas às outras de uma forma que sempre me surpreende. Conheço alguém hoje e descubro logo ali na frente que essa pessoa já é amiga de amigos, ou trabalhou com algum colega querido, enfim... Pequeno mundo, mundo pequeno.

03 dezembro 2009

Um pouco de mim...

Entre qualidades e defeitos, acho que ando pela rua do meio.
Embora em mim nada seja discreto ou certeiro, tenho um misto de curiosidade e covardia, regado com desleixo.
Sou toda sorrisos por fora e uma criança por dentro. Tristeza e felicidade para mim são uma única coisa - elas apenas revezam entre si.
Procuro a alegria em vez da felicidade. Quero o riso ao choro, mas nunca me faltam as lágrimas. Sou um doce desengano com uma amargura verdadeira.
Quero mil coisas e abro mão de todas elas por um amor verdadeiro. Dura por fora, romântica por dentro.
No fio e no pavio da vida, sou a chama que segue a fagulha e queima o celeiro inteiro. Faço e não penso, pois se penso não faço.
Explico e ensino, aprendo e questiono, mas não aceito nada imposto porque a verdade flui com naturalidade e não precisa ser forçada.
Aceito a diversidade, receio a maturidade e acredito em pessoas de qualquer idade!

02 dezembro 2009

Inveja

Sim, eu sinto inveja! E vou assumir isso aqui, publicamente.

Sinto de inveja dos grandes escritores:

Machado de Assis, sinto uma inveja de sua ironia fina;

Fernando Pessoa e seus "eus", sinto uma inveja monstruosa do seu poder com as palavras e da sua loucura de ser um e ser três;

Nelson Rodrigues e Plínio Marcos, sinto inveja do poder de vocês de conseguir descrever os mais baixos sentimentos e estilos de vida humanos;

Stephenie Meyer, sinto inveja de você ter escrito um livro de fantasia delicioso que vendeu mais de 50 milhões de cópias e que foram transformados em filmes que arrecadaram bilheterias impressionantes!

Sinto inveja das grandes personalidades:

Gandhi e seu poder político baseado nos predicados paz e amor;

Jesus e sua mensagem que dura mais de 2.000 anos;

Buda e seu equilíbrio rumo ao Nirvana.

Sinto inveja das mulheres muito bonitas, dos corpos perfeitos e do namorado maravilhoso delas!

Enfim, sinto inveja de quem pode morar numa praia paradisíaca com conforto, de quem fala fluentemente mais de cinco idiomas, de quem conhece mais de 30 países.

Agora vou ficar quietinha num canto esperando toda essa inveja passar porque tudo isso é uma grande porcaria! Invejar não me ajuda em nada, nunca!!!

28 novembro 2009

A revolta da PM paulista

Recebi este e-mail e achei ótimo! Adoro pessoas que chutam o pau da barraca.

*REGRAS PARA UMA ABORDAGEM FELIZ.
(supostamento escrito por um PM muito injuriado com a vida profissional dele)

1. A PM não sai por aí encostando playboy na parede por que gosta. Mas porque o serviço tem de ser feito. Então, quanto mais você enrolar, mais tempo vai demorar a abordagem.

2. Pra quem não quer levar os tradicionais chutinhos no tornozelo a receita é simples: basta abrir as pernas num ângulo mínimo de setenta graus.

3. Nós fiscalizamos o trânsito, sim. Mas nossa prioridade é o crime. Quem prioriza o trânsito é o DETRAN. Então, quando for parado por uma equipe da PM, não venha tirar documentos do bolso antes que o policial determine. Um movimento precipitado e você pode tomar um tiro nessa sua carinha de criado com a vovó. É muito simples: primeiro verificamos se você não está portando armas ou drogas, depois verifica-se quem você é e o seu veículo.

4. A merda do seu carro "tunado", apesar da papagaiada toda, não é único ou exclusivo. Existem muitos iguais a essa porcaria. E esses muitos outros são conduzidos por criminosos. Então quando for parado, não quer dizer que o policial está te perseguindo, ou está com inveja dessa merda. Ele te parou porque você pode ser um bandido, ou seu veículo é igual ao que foi usado num crime qualquer.

5. Para as mulheres: quando a porra do teu namorado for pra parede, não atrapalhe. Fique no local onde foi determinado e espere o fim da abordagem, de preferência em silêncio.

6. Maconha ainda é droga ilícita, e usá-la ainda não está permitido. Então, não reclame!

7. Sempre dizem: VAI PRENDER BANDIDO. Pedimos também que indiquem onde eles estão, e se possível nos acompanhe a delegacia, na condição de testemunha.

8. Em vários locais já ocorreram crimes chamados seqüestro relâmpago, inclusive nesta cidade. Por isso, quando tu tá no carro com a porra da tua namorada e mais 4 boiolas juntos, nós abordamos por imaginar poder se tratar de um desses crimes. Portanto, coopere, desça do carro com as mãos na cabeça e peça pros teus amiguinhos fazerem a mesma coisa.

9. Deixe essa sua carteirinha de OAB guardada na sua carteira ou em casa. Se eu quiser saber tua profissão eu vou perguntar e você apenas vai me responder. Advogado não é autoridade, é um profissional liberal, como um dentista ou pedreiro, e PM não tem medo. Fórum é pra ir mesmo. Boa parte dos Policiais hoje também são bacharéis iguais a você. Por sinal, os cursos de formação da PM chegam até botar muita faculdade de direito de fundo de quintal no bolso.

10. O famoso "mão pra cabeça" é uma ordem legal que tem auto-executoriedade, ou seja, nós podemos parar quem quer que seja segundo nosso poder discricionário e realizar uma busca pessoal, sem necessitar de mandado específico, o que você já deveria saber, sendo que se diz formado em direito.

11. Carro não é extensão de domicílio, exceto se você morar nele, portanto TAMBÉM não precisa de mandado e será primeiro revirado e depois> fiscalizado e quem sabe autuado e apreendido.

12. Mantenha-se calado durante a abordagem! A sua opinião não interessa a ninguém!

13. Também não interessa saber quem é seu pai, mãe, outro parente ou quem você conhece. Exceção feita as suas irmãs. Se forem melhoradas, me apresenta!

14. Não temos inveja de sua condição social ou da porcaria do seu carro; apenas estamos trabalhando em prol da sua segurança. Então sempre agradeça-nos ao término da abordagem, lembrando sempre de dizer: MUITO OBRIGADO SR POLICIAL! EU AMO A PMESP!!!

> > SIGA ESSAS REGRINHAS SIMPLES E TODOS SERÃO FELIZES!
> > POLÍCIA MILITAR, PELA PAZ E SEGURANÇA!!!

Porque com certeza sabemos que somos odiados pela maioria de vocês... Mas, ao mesmo tempo, sabemos que qualquer situação, por mais simples e besta que seja é para o número 190 que voces vão ligar...

27 novembro 2009

Quase...

É quase Natal e o ano está quase acabando.

Chegamos na fase do quase. Em 2009...

quase consegui melhorar de vida;

quase casei;

quase consegui aumento;

quase curti os finais de semana;

quase consegui emprego melhor;

quase comprei alguma coisa de valor;

quase me livrei dos chatos;

quase realizei meus sonhos;

quase cumpri as promessas de fim de ano;

quase fiz sexo a três;

quase arrumei um amante;

quase me hospedei num hotel cinco estrelas;

quase me dei bem na vida!

Que venha 2010! Quem sabe ano que vem eu quase chegue lá...

Quase!

17 novembro 2009

pedaços...

First of all, I want this book!
"Uncorking the Past: The quest for wine, beer and other alcoholic beverages". Patrick McGovern; publicado pela University of California Press; US$ 29,95 / 20,95 euros

Agora, em bom português, estou passando um frio dos árticos nessa redação!!!! O ar é lançado do ar-condicionado diretamente na minha face e pescoço, de frente, gelando meus órgãos internos! E nada adiantou pedir que virassem as escotilhas para o alto porque o vento me persegue, rebate no teto e volta na minha caraaaaaaaaaa!!!

Bom, já entendi que engenharia não é o forte dos Frias.

13 novembro 2009

a mil por hora

Parece que quanto mais a tecnologia e o engenho humano favorecem a velocidade, mais rápida vai a carruagem da minha vida. E, aos trancos, barrancos e cavalos baios, ela segue em rapidez descontrolada. E os dias vão passando ligeiros, os sons e as cores vão se misturando até se perderem nas linhas do tempo. Um dia, quando estiver tão, mas tão cansada a ponto de não mais poder continuar, caminharei lentamente para o fim. É que alguma coisa tem que ser mais devagar nessa minha vida...

07 novembro 2009

alguma coisa acontece...

estou entrando em uma roda e me jogando pela ladeira.

estou com frio na barriga, mas encaro sem medo!

quero mais é que a adrenalina me queime por dentro...
é madrugada.

vejo a mulher que passa de vestido rosa.

dou um gole, remexo os cubos de gelo, bebo novamente.

pouso o copo sobre a mesa, passo os dedos na borda, pensativa.

é madrugada triste.

estou sozinha, em um daqueles bares que mamãe jamais pisaria.

vejo o casal que comemora passando pela rua.

dou um gole e de uma vez termino tudo. só o gelo fica. derretendo.

é madrugada.

tudo que posso fazer é ir embora.

levanto, pago a conta e saio, sem demora.

05 novembro 2009

Triste, né?

Quando a felicidade de uma pessoa afeta diretamente a felicidade de outra, não seria mais humano tentar não esfregar aquilo que incomoda na face do outro?

Algumas pessoas acham que isso não importa e trepudiam mesmo em cima daqueles por quem, um dia, tiveram algum respeito e consideração.

Antigamente, faziam isso esfregando o novo amor nas fuças daquele que foi desprezado, com um largo sorriso nos lábios e beijos melados para serem assistidos mesmo, como num teatro.

Agora, ficou um pouco mais fácil: basta entrar em qualquer um desses sites de relacionamento e lá estará a pessoa anunciando aos quatro ventos como é feliz no amor! E dá-lhe postar fotos e mais fotos dando beijinhos, agarradinhos, num êxtase triufante de liberdade amorosa!

Fico imaginando o que leva as pessoas a atos tão egocêntricos e egoístas, maldosos e cruéis. Entendo que amores acabam e outros recomeçam, entendo que as relações mudam com o tempo (e nem sempre para melhor), mas definitivamente não entendo porque dá tanto prazer a alguns trepudiar em cima de quem já foi querido.

03 novembro 2009

Estou cansada

Cansada de procurá-lo em todos os lugares em que você possa estar.

Cansada de pensar nos seus beijos, no seu gosto e desejo.

Cansada de perder as palavras, as ilusões e o futuro a cada vez que me encontro com você.

Cansada de fingir o que não parece, de demonstrar que não me afeta, quando na verdade, quero morrer de desprazer.

Cansada de alimentar minha paixão cega, meus desejos estúpidos e minha falta de ação.

Cansada de embalar sempre os mesmos sonhos, com os mesmos sabores do que tinha em mãos.

Cansada de buscar nas palavras um sentido para o meu vazio.

02 novembro 2009

Web 2.0 e o assassinato do português

Errar, todo mundo erra. É humano, dizem. Mas, quem lê os comentários de leitores em blogs e jornais interativos como eu, deve também ficar chocado com os erros crassos a nossa língua pátria. Palavras grifadas errado são as campeãs: geito, atrazo, bosal, endoso. Essas são as últimas que li há 15 minutos nos comentários de duas notícias diferentes: uma falando da loura da Uniban e a possibilidade dela posar nua para a Playboy e outra falando sobre o crack e a ineficiência do poder público em conter sua disseminação.

Errar, todo mundo erra. Mas, assim, de maneira tão acintosa com a língua, só nos tempos da interatividade digital, onde cada um escreve o que quer, como bem entende.

Na dúvida, consulte um dicionário. Na própria internet existem vários gratuitos.

E salvem a professorinha!

30 outubro 2009

Redação

Reclamo, reclamo, mas gosto da doidera de uma redação, até das coisas estapafúrdias como as caras fechadas, os passos pesados, as risadas altas (a minha entra nesse segmento), alguns gritos histéricos (quando eles não são comigo, claro!), do ambiente, das fofocas, das notícias do dia, da decisão do que entra e do que sai das páginas do jornal do dia seguinte.

E o estilo? Diferente em cada editoria. Os com visual mais moderno, os senhores de cabelo branco e camisa, os jovens de terno (de Brasil, lóóóógico), o trio imbatível: jeans, tênis e camiseta para meninos e meninas. Tem ainda as "super-fashion" espalhadas por aí, As e Os elegantes, as largadas e os amassados e, sempre, os completamente sem noção nenhuma de moda (acho que grande parte dos coleguinhas entra nessa faixa...rs)

Depois de quatro meses de obras, deveremos encontrar uma redação cheirando tinta de nova em menos de duas semanas. E, olha, tá ficando bem legal!

28 outubro 2009

Ainda aprendo!

Não entendo. Porque insisto em criar expectativa sobre o que as pessoas irão dizer ou fazer? E, pior, fico arrasada ou muito brava quando elas fazem diferente daquilo que eu esperava!
Acho que sou muito mimada, não?

Enfim. Aguardo mais senso de coletivismo e camaradagem. Faço parte de uma fornalha de pessoas que realmente se interessa pelo bem-estar dos outros da mesma espécie (e até de espécies diferentes).

Em todo o caso, mais uma vez fui dura com quem não atendeu as minhas exigências veladas. Apenas queria um pouco mais de atenção, de condescendência talvez, pelo fato de que tenho que trabalhar no fim de semana com um casamento no meio.

Primeiro, será um milagre eu conseguir chegar na igreja em tempo. A cerimônia está marcada para às 18h40 quando eu imaginava que seria por volta das 20h. Estou de plantão, ou seja, impossível sair do jornal às 18h e chegar pronta e linda em algum lugar antes das 19h! Mais: não posso ir trabalhar de vestido longo, salto alto e bolsinha de mão!

Bom, tive de me conformar em ir direto para a festa e ainda arcar com o táxi sozinha. Aí, comentando com meu namorado sobre que deveria ter uma hora para eu ir embora, já que trabalho no domingo, ele simplesmente me diz: "é, vai de táxi e eu me jogo na casa do Gabriel". Ou seja, em nenhum momento ele pensou em perder duas horas finais da festa para me acompanhar de volta!

Estou revendo se irei ao casamento nesse momento. Talvez eu vá pq, sinceramente, gosto da noiva. E conheci o noivo e também gostei. São pessoas que, de uma forma ou de outra, estarão presentes na minha vida e gentilmente me convidaram. Mas ir e voltar sozinha de um casório em São Paulo é muito, muito triste.

Estou exagerando?

26 outubro 2009

Revendo conceitos

De tempos em tempos isso acontece: o mundo parece que vira de cabeça para baixo e tudo deixa de fazer sentido. Primeiro, me ataca os nervos e estes estão descontrolados. Tive de parar, respirar e tentar limpar a mente dessa enxurada de emoções que vieram em comitiva me envolver.

Algumas expectativas não foram alcançadas e estou insatisfeita com relação a questões estratégicas. Então, resolvi mais uma vez deixar a roda da vida girar como numa gincana e estou torcendo para cair no prêmio mais bacana! Trabalhando o pensamento para chamar coisas boas!

Estou com muitas saudades de alguns amigos em especial, mas preciso confessar que só saber da existência deles na minha vida me faz sorrir!

23 outubro 2009

Festa boa!

Ontem fui na festa de abertura da Mostra Internacional de Cinema e fui surpreendida. Primeiro, esperava um pessoal mais velho e o que vi foi muita garotada. Também achava que veria mais modernosos do que havia. Acho que preciso rever meus conceitos de "tribos urbanas".

Tietei a Vanessa da Mata, que é ainda mais linda (e alta) do que no palco. Tentei puxar papo com Marcelo Rubens Paiva e descobri um escritor antipático e com uma constante cara de c#. Dancei um pouco, tomei chuva, fui fumar meu cigarro no "chiqueirinho", conversei com as mais diferentes pessoas, dei risada, chorei, me emocionei, tudo isso em uma única noite.

Foi bom seguir para a balada sozinha, sem o namorado, depois de muito tempo. Claro que senti falta dele, mas preciso voltar a respeitar minha individualidade, descobri que estou num momento em que ela está sendo muito importante.

Hoje sigo para Campos do Jordão, numa viagem bate-e-volta de trabalho. Me tiraram a primeira sexta-feira depois de um mês em que poderia sair cedo. Fiquei revoltada.

20 outubro 2009

Para pensar...

"Há pessoas que querem ser bonitas para chamar a atenção, outras desejam a inteligência para ser admiradas...Mas há algumas que procuram cultivar a alma e os sentimentos; essas alcançam o carinho de todos, porque, além de belas e inteligentes, tornam-se realmente pessoas"

(João Prestes)

18 outubro 2009

A morte devagar

Morre lentamente quem não troca de idéias,
não troca de discurso,
evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito,
repetindo todos os dias
o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado.

Quem não troca de marca,
não arrisca vestir uma cor nova,
não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário.

Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema,
mas muitos podem,
e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens
que traz informação e entretenimento,
mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas,
ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços,
coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio.
Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional.
Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda,
e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino:
então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira,
pois quando ela se aproxima de verdade,
aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante.

Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia.
Já que não podemos evitar um final repentino,
que ao menos evitemos a morte em suaves prestações,
lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

Martha Medeiros

17 outubro 2009

O que vale nesta vida

Nesta vida o que vale é ser feliz.

Pode ser com dinheiro;
Pode ser com um amor verdadeiro;
Pode ser com um ideal;
Pode ser com o profissional.

Nesta vida o que vale é ser feliz.

Pode dizer que não;
Pode achar que não;
Pode pensar que não;
Pode gritar que não.

Nesta vida o que vale é ser feliz.

Andar descalço;
Rir alto;
Beber com os amigos;
Beijar na boca.

Nesta vida o que vale é ser feliz.

Quem procura outra coisa
Pode acabar perdido
Ou terminar sofrido
Numa vida de mentira.

Paulinha, 2004

15 outubro 2009

MOTIVO

Por algum motivo sempre retornas a mim.
E toma-me de assalto.

Por algum motivo ainda sou presente.
Vivo nas suas lembranças
No passado que não mais retorna.

Por algum motivo me procuras.
Talvez para curar suas amarguras
Talvez para confundir minha mente.

Por algum motivo queres me ver.
Pode ser por desejo, puro e simples.
Pode ser por curiosidade.
Pode ser por amizade.

Não sei o que vês quando me olhas.
Nem o que pensa sobre mim.
Mas gostaria que me olhasse de novo
Com novos olhos.

Já me olhastes uma vez, há muito tempo...
Já me fez promessas que nunca se cumpriram.
Já alimentou minha alma de poeta
Pra ti escrevi inúmeras poesias que você nunca leu....

Olha-me de novo.
Mais atento.
Menos sedento.
Com mais sinceridade.

Não quero mais mentiras.
Não quero mais acalentar esperanças.
Não quero mais enganos e desencontros.
Não quero mais a dúvida.

Se vieres a mim, quero que saibas a que veio.

Paulinha, 2004

14 outubro 2009

deixe no passado o que é de lá

Hoje lembrei-me de uma frase de Quintana que diz mais ou menos assim "Vivemos a nos preocupar com o futuro, mas é o passado quem nos atropela e mata".

Não fui checar no Google se a citação está correta porque isso pouco importa. Gostaria de falar um pouco sobre passado, essa terra cheia de lembranças confusas, fantasiosas e nem sempre agradáveis. Alguns cientistas defendem que temos muito mais propensão a reter mais memórias desagradáveis do que agradáveis, mas são essas últimas as que me incomodam.

Calma. Lógico que gosto de ter boas recordações, só que algumas foram tão bacanas que sinto um vazio quando as olho e as vejo distantes no tempo. Pessoas que passaram e deixaram um vazio que não foi substituído. Acontecimentos que mudaram o rumo da minha vida. Encontros que marcaram o que sou hoje.

Essa é a vida, contínua, seguindo, levando e deixando no caminho o excesso de bagagem. É que, de vez em quando, sinto muita falta do que ficou.

12 outubro 2009

Bem no Fundo

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada, e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora e outros pequenos probleminhas.

Paulo Leminsk

09 outubro 2009

Foram três livros em três semanas. E só não abri o quarto e último porque temo perder a vontade de dormir, comer e trabalhar só para ficar lendo.

É. Cai nas teias de Stephenie Meyer e sua saga de vampiros. E o que é pior: sou obrigada a concordar que a mulher é um arraso quando se trata de histórias de fantasia para adolescentes.

O fato é que resisti o quanto pude contra a febre cinematográfica que está vindo depois da literária. (A escritora vendeu mais de 50 milhões de livros em todo o mundo e cansei de encontrar alucinados como eu que andam na rua com o livro nas mãos e seguem lendo até o máximo que puderem)

Vi o clipe da música tema do segundo longa da quadrilogia, Lua Nova. Reconheci passagens do livro (óbvio), mas fiquei triste em constatar que na minha imaginação Jacob é muito mais bonito...

Bom, enquanto todas se apaixonaram pelo vampiro-mocinho da trama, eu cai de amores mesmo foi pelo lobisomem!! E, na minha imaginação construída pelas habilidosas mãos de Meyer, Jacob é um sonho perfeito para uma garota de 18 anos! Inteligente, divertido, quente e monta carros!

Só que no filme, devo admitir, o Edward ganha toda a sua formosura "perfeita" (tanto q o ator foi considerado o homem mais sexy do mundo e é inglês) e desbanca Jacob fácil na questão estética.

Vamos ver quanto tempo resisto aos filmes, já que aos trailers eu não consegui!

08 outubro 2009

música que 'cola'

E não descola! Ontem foi o dia do rei Roberto Carlos inebriar o dia inteiro dentro do meu cérebro. "(...)mas com palavras/ não sei dizer/como é grande/ o meu amor/ por você" lá lá lá lá lá, lá lá lá lá...

E, assim foi, até eu adormecer. Acordo hoje e quem canta em meu interior? Roberto Carlos! E ele continua rodando na minha vitrola mental até agora!

Eu não ouvi Roberto ontem. Aliás, faz bastante tempo que não o ouço. Mas a lembrança dessa canção me deu condições de entender, pela primeira vez, porque um amigo meu sempre que está com dor-de-cotovelo tranca-se no quarto e tem no rei seu melhor amigo.

Nessas ocasiões, aliás, sempre preferi a companhia de Bethânia e Nana, mas acho que terei oportunidade de testar o amigo do Tremendão. Afinal, nunca estamos imunes a dores de corno! (no sentido figurativo, é claro! ;-) )

07 outubro 2009

Não foi desta vez!

Hoje não consegui acessar o Twitter. E fiquei bem chateada com isso. Estou viciada na ferramenta. Acho uma das coisas mais divertidas da internet atualmente. Sigo em torno de 100 pessoas, alguns são amigos (os que menos usam o sistema), outros são conhecidos da mídia ou do meu mundinho profissional, outros são veículos de comunicação nacionais e estrangeiros. O restante, pessoas que nunca vi na vida. Essas últimas são as mais engraçadas.

Tem o cara (ou um grupo de, ainda não entendi) de humor ácido e irônico que me lembra muito a forma como um querido amigo olha para o mundo. Tem um outro que criou uma pseudoconfusão na Web por ter utilizado o nome artístico de um humorista e, mesmo se auto-intitulando "cover" teve de mudar de identidade. É um caso excepcional de sucesso no Twitter: possui mais seguidores que o comediante real. Ah! Tem Deus também falando as maiores barbaridades, eu O sigo.

Por essas e outras que o Twitter virou meu melhor amigo naqueles minutos entre uma obrigação e outra do trabalho. É minha diversão e meu portal de notícias aleatório (graças aos posts indicando links para mil assuntos diferentes).

Ah! Esqueci dos políticos. Estou amando segui-los. Até o vampiro brasileiro está na minha lista. E fazer uma crítica ao JN diretamente ao seu apresentador e editor-executivo? Não tem preço! Foi ótimo!

Mas, hoje, não rolou. E a tendência é que, quanto mais usuários se viciarem no brinquedinho como eu, mais a baleia vai encalhar na praia...

04 outubro 2009

o amor dói quando não é correspondido
machuca quando é contrariado
arde quando nasce
borbulha quando acontece
sangra quando é agredido
marca quando é vivenciado

30 setembro 2009

mais com menos

Cada vez mais venho pensando em voltar para a terapia. Dei pra encucar com as coisas mais imbecis, a ter os pensamentos mais pamonhas e a sentir inveja das coisas mais bizarras. Tudo muito, muito estúpido.

Mas o que mais está me chamando para o divã é que estou feliz. Sério. Não estou procurando ombro pra chorar ou pessoa treinada para me consolar, quero apenas alguém que possa me ajudar a entender por que não abandono certas ambições que não combinam mais comigo.

Não consigo explicar exatamente minha situação porque ela ainda continua ilógica. Daí a necessidade de uma especialista em Freud, porque se for em Reich minha maluquice se perpetuará para todo o sempre...

senti saudades

Senti saudades de ser menina, de ir pra escola, de rabiscar a mochila.

Senti saudades de ser garota, de andar de bicicleta, ralar o joelho e correr atrás de bola.

Senti saudades de ser adolescente, de matar aula, de tomar cerveja escondido e ouvir música alta.

Senti saudades dos amores de outrora, dos amigos de outrora, do tempo que não volta mais.

Senti saudades da chuva compartilhada na rua, com guerra de lama e camiseta molhada.

Senti saudades do primeiro amor, primeiro beijo, primeiro frio na barriga, primeira desilusão.

Senti saudades das bobagens, da inconsequência, da inconstância adolescente.

Senti saudades da mãe esfriando a comida no prato, pedindo para eu me comportar.

Senti saudades do pai ensinando a andar de bicleta, a nadar.

Senti saudades do que fui e do que construiu o que sou.

29 setembro 2009

só de mala, que a cuia tenho que ir buscar...

Sábado foi meu níver, 29 aninhos. Aprendi duas lições muito importantes neste dia: 1. nunca marque sua comemoração em um local que você não conhece e 2. não acredite que seus amigos chegarão cedo.

Torci para que meus convidados faltassem. Deu certo, cerca de 1/3 de todos que chamei para tomar uma comigo no sábado compareceram. E metade deles não conseguiu entrar no bar, pequeno e completamente lotado às 23h30.

A trupe se desfez, uns foram embora, outros foram comer uma pizza (acompanhei, estava verde de fome) e o restante procurou um boteco sujo pra se jogar. No fim, estava na casa da Mari B. ouvindo um som, dançando na sala, dando muito risada até tentar esquentar o macarrão colocando a travessa na geladeira. Depois dessa, tive que admitir que era hora de dormir!

Meu melhor presente foi ter iniciado minha mudança também no sábado. Levei colchão, algumas roupas e livros. Falta um monte de coisinhas e coisonas, mas para a semana está bom. Cada dia, arrumo um pouquinho. Espero que em um mês o apartamento esteja decente para receber visitas...hehehe

Acredito que o aniversário encerra um ciclo e inicia outro. Começo o ciclo 29 cheio de mudanças, na vida, no trabalho, na postura, nas ambições. Que seja um ano de transformações e evolução. Saravá.

25 setembro 2009

contar com os outros

Sabe, acho incrível a postura e a colocação das pessoas quando realmente precisamos delas. Isso quer dizer: quando não tem jeito de resolvermos um coisa sozinhos.

Nesse momento, estou exatamente nessa posição: precisando de ajuda. Só que entendi que não adianta pedir e explicar o quê, de fato, me auxilia. O que as pessoas querem é ajudar do modo que julgam correto, não da maneira como eu preciso. Aí, não prestam atenção no que digo, não se preocupam com as minhas necessidades e, se falo isso à elas, sou ingrata, afobada, quero as coisas do meu jeito.

No desespero, corro de um lado ao outro buscando palavras de incentivo, de que tudo vai dar certo, que posso contar com alguém. E sou atendida de maneira blasé, com "tá bom", "por que você está brava?" etc.

Estou aprendendo da forma mais difícil que quando temos de fazer algo temos de resolver sozinhos ou pagar para termos ajuda. E nem isso garante satisfação no final.

24 setembro 2009

ressacada

Acabo de descobrir que o "peixinho astronauta" é desenho animado 100% nacional. Senti orgulho. É, não tem jeito, sou uma pessoa nacionalista, patriota e que ama o Brasil incondicionalmente.

O dia está chegando ao fim e estou ansiosa por isso... A cabeça já não dói mais, só que o azedume ainda não passou. Isso é o que acontece com pessoas sem noção (como eu) que ficam no Filial até às 4h de uma quarta-feira.

22 setembro 2009

que dia mais chato!

Só abri o blog e me arrisquei a rabiscar algumas palavras porque o dia está chato pácas. Deveria fazer coisas úteis, mas como não são urgentes, deixo de querer mexer nessas coisas... Então fico indo e vindo na internet, só que até isso está me cansando hoje.

Olhar pela janela também não anima. O dia aqui em Sampa está horrivelmente horripilante: totalmente cinza, esfumaçado, molhado e sem graça. Típico dia de dormir.

Nem o twitter está resolvendo minha crise de responsabilidade: não quero fazer nada útil e a diversão possível está escassa ou insuficiente.

Vou voltar para a navegação aleatória...

20 setembro 2009

Sexta-feira maluca em registro atrasado!

Foi um dia louco, de portaria atrás de Lula e Mantega, trânsito absurdo às 17h30 para chegar em São Bernardo e seguir trabalhando. Nosso ministro Guido Mantega foi homenageado no berço do movimento sindical por sua atuação no combate à crise e sua ajuda na manutenção dos empregos. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, no mesmo dia, orquestrava a paralisação dos metalúrgicos nas cidades da região e em São José dos Campos.

Por conta da greve, esperava auditório lotado. Estava apenas cheio e foi chamariz de políticos da região. Mantega aproveitou o ensejo para propagandear as medidas econômicas do governo Lula e seus resultados. O sindicato, por sua vez, usou o mote para "descer a lenha" nos tucanos e em Collor. Fiquei curiosa: acredito que os sindicalistas não tenham visto a emblemática foto de Lula abraçando o ex-presidente na capa do jornal Folha de S. Paulo há uns meses...

19 setembro 2009

Que bom que melhorou!

Estou de plantão. Fiquei profundamente aliviada quando José Alencar recebeu alta e foi para casa. Estava com receio do excelentíssimo vice-presidente encerrar missão do lado de cá nesse fim de semana. Egoísta, mas fez com que meus votos de melhora à Alencar fossem mais profundos, fortes e convincentes.

16 setembro 2009

Atropelada por sacolas!

Meu pé está doendo. Sinal de que meu acidente há pouco mais de uma hora machucou um pouco. Estava vindo trabalhar, subindo a escada rolante do metrô para alcançar a plataforma de embarque. De repente, o boliviano que estava na minha frente vira-se para trás e diz "segura". Nem um segundo e uma enorme sacola estava caindo por sobre minhas pernas e pés. Isso não seria nada se atrás das sacolas não viesse o carrinho e o boliviano que, tadinho, caiu torto ao meu lado na escada que continuava a subir. Perguntou se machucou, mas estava muito mais preocupada com ele do que comigo. No fim, disse que não foi nada. Meu pé está doendo.

Nem tão nada assim.

Ahá! Eles descobriram meu truque!

Quem me conhece e já viu alguma cena minha batendo em alguma coisa, sabe: fale três palavrões que a dor passa! Uso essa máxima desde criança (quando falar palavras de baixo calão era proibido, o que deixava a "desculpa" da topada mais saborosa).

Agora, um estudo da Escola de Psicologia da Universidade Keele, na Inglaterra, concluiu que falar palavrão quando se sente dor pode aliviá-la. Na fase do xingamento, os voluntários da pesquisa suportaram 40 segundos a mais de dor.

Sempre disse que isso funcionava! Sabedoria popular da Paulinha...hahahahaha

(a notícia do levantamento saiu em nota na revista Isto É, de 22/07/2009)

PS: umas das minhas esquisitises: leio revistas antigas, jornal do dia anterior e por aí vai...

15 setembro 2009

Quanta bobagem!

Fiquei pensando outro dia sobre o quanto admiro pessoas que não tem medo do ridículo. Nem uma pontinha, nem uma leve angústia, nem qualquer senso. Para visualizar o que tento dizer, basta assistir a quaisquer desses programas de calouros repaginados que fazem sucesso nas tvs do mundo inteiro há alguns anos. Escolha os nomes: X-Factory (foi meu favorito), American's & Britain's got talent, Ídolos, Fama e afins. É cada ser humano sem talento, dicção, cordenação motora, voz ou qualquer coisa que justifique participação em um show televisivo que busca revelar pessoas talentosas. Eu, sinceramente, acredito que a graça vem justamente dos completamente sem noção do ridículo. Aliás, recomendo os vídeos do Ídolos no youtube ou no portal Terra, são ótimos!

Outro ponto em questão é com relação a tal da credibilidade. Talvez, se eu escrevesse aqui as tamanhas bobagens que passam pela minha mente em 24h, poderia perder meu emprego. Pensei em inventar outra pessoa e me libertar. Desisti. Melhor me conter e guardar aos amigos mais íntimos minhas bobagens mais calorosas. Garanto que eles irão rir. De mim ou das minhas maluquices. E não contarão a ninguém, o que é mais importante!

14 setembro 2009

pra quê tanto papel????

Uma senhora. Acima dos 70 com certeza. Todo o dia quando vai ao banheiro do jornal precisa de sete toalhas de papel antes de se aventurar para dentro do toalete. Aí, limpa, limpa, limpa. Consigo ouvir tudo enquanto faço o meu xixi e, sim, contei quantas vezes ela puxou o papel toalha. Ainda continuo curiosa: por que ela precisa de tanto papel?

Preciso de caixas!!!

Depois de uma semana em que as lembranças do passado povoaram meus caminhos, o fim de semana mostrou-se um marco do pé no chão. Foi ótimo. E simples. Tentei cozinhar, algo em que eu sempre dedico umas horas do meu domingo, mas desta vez torrei meus reais comendo fora mesmo. Para não dizer que nada de útil foi feito, lavei roupa, rs.

Sábado fiz algo feio: depois de ensaiar meses, marquei uma limpeza de pele. Só que o namorado apareceu em casa antes e... Bem, perdi a hora da esteticista. Perdi todas as horas e, mesmo assim, estava pronta para a balada às 22h. Só que a amiga que me "colocou pilha pra sair" resolveu mudar os planos - e só fiquei sabendo quando fui avisá-la que estava pronta! Depois dessa, toda minha produção foi gasta deliciosamente no sofá. E dormir muito foi ótimo!

Domingo a vontade foi de abraçar o mundo: marquei mil coisas com cem pessoas diferentes. Resultado: fiz meia dúzia e furei com 99 pessoas. Feio, eu sei, mas eu tentei! Juro!

Só que a melhor notícia veio hoje: saiu meu contrato de aluguel e estou de mudança! Só tenho algumas questões logísticas para resolver: 1) trabalho no próximo fim de semana; 2) faço aniversário no fim de semana seguinte. Resumindo: ou me mudo de ressaca dia 27 ou só em outubro...rs rs rs

Agora preciso conseguir caixas. Lá vai a Paulinha disputar papelão com catadores!

13 setembro 2009

Uma amiga me disse, ao telefone, que não sou a única a viver um momento de "reavaliação" adolescente da existência.(Acabei de dar um nome pra minha crise...rs) Ela me contou que tem algo a ver com um portal aberto no dia 9/9/09. Bom, minha veia mística nem chega a tanto, mas que foi de um alívio tremendo descobrir que não sou a única neurótica do momento, isso foi! Até encontrei uma utilidade para a data cabalística...uhahauhauhauhauhau

PS: Respeito todos que acreditam no poder das datas. Sou muito ignorante e apegada a matéria para tanto, tá?

12 setembro 2009

As dores que são só minhas...

Tá, já entendi! O que me leva à escrita é a dor. Sempre que ela chega e solapa meu íntimo sem deixar hematomas visíveis, corro para as letras. Vou desabafar com as palavras. Afinal, é uma dor que não derruba, mas fica ali, constante, apertando o meio do peito, bem no chacra que passa ao físico a dor do emocional.

E olha eu falando em chacras! É a prova de que mudar de opinião faz parte do desenvolvimento humano. E tinham coragem de chamar o Raul de Maluco Beleza. Acho que ele estava mais são do que todos os outros. E defendeu brilhantemente o fator metamorfose.

Sei que já entrei e sai do casulo incontáveis vezes e ainda não virei borboleta. E nem mariposa. (ainda bem!) Continuo lagarta, mas daquelas psicodélicas, tá? Beeem coloridas que de cores eu gosto!

Estou com uma dor de cotovelo, que nem sei mais se escreve com hífem ou não. E nem expressar esse sentimento que está queimando o meu ser estou conseguindo. É algo como querer morrer e nascer outra pessoa, ou então ter uma amnésia tão, mas tão forte, que será quase um renascimento.

Minha memória não é das melhores e enterro muito bem meus mortos. Nenhum problema em deletar da mente as piores ofensas, os maiores micos e os vexames mais escabrosos. Esqueço tudo! Só o que ainda me dói ou comove é que fica grudado no meu cérebro.

Só que não fica ali, o tempo todo, importunando. Aparece, como que por milagre, naquela sexta-feira chuvosa, na manhã de segunda nublada ou naquele dia em que você tenta fingir que trabalha porque está com preguiça. Cabeça vazia não é morada do tal chifrudo, como dizia minha avó? E eis que sempre que meu ritmo de trabalho cai de 12h para as normais 8h diárias (claro que nem todo o dia, aí é querer demais!) volto a ter "alucinações" novamente.

O pior é saber que os fantasmas que vejo são meus, porque as pessoas continuam gente, de carne, osso, tatuagem e afins. A diferença é que algumas me assombram e causam dor, outras não.

Preciso de terapia urgente!