12 setembro 2009

As dores que são só minhas...

Tá, já entendi! O que me leva à escrita é a dor. Sempre que ela chega e solapa meu íntimo sem deixar hematomas visíveis, corro para as letras. Vou desabafar com as palavras. Afinal, é uma dor que não derruba, mas fica ali, constante, apertando o meio do peito, bem no chacra que passa ao físico a dor do emocional.

E olha eu falando em chacras! É a prova de que mudar de opinião faz parte do desenvolvimento humano. E tinham coragem de chamar o Raul de Maluco Beleza. Acho que ele estava mais são do que todos os outros. E defendeu brilhantemente o fator metamorfose.

Sei que já entrei e sai do casulo incontáveis vezes e ainda não virei borboleta. E nem mariposa. (ainda bem!) Continuo lagarta, mas daquelas psicodélicas, tá? Beeem coloridas que de cores eu gosto!

Estou com uma dor de cotovelo, que nem sei mais se escreve com hífem ou não. E nem expressar esse sentimento que está queimando o meu ser estou conseguindo. É algo como querer morrer e nascer outra pessoa, ou então ter uma amnésia tão, mas tão forte, que será quase um renascimento.

Minha memória não é das melhores e enterro muito bem meus mortos. Nenhum problema em deletar da mente as piores ofensas, os maiores micos e os vexames mais escabrosos. Esqueço tudo! Só o que ainda me dói ou comove é que fica grudado no meu cérebro.

Só que não fica ali, o tempo todo, importunando. Aparece, como que por milagre, naquela sexta-feira chuvosa, na manhã de segunda nublada ou naquele dia em que você tenta fingir que trabalha porque está com preguiça. Cabeça vazia não é morada do tal chifrudo, como dizia minha avó? E eis que sempre que meu ritmo de trabalho cai de 12h para as normais 8h diárias (claro que nem todo o dia, aí é querer demais!) volto a ter "alucinações" novamente.

O pior é saber que os fantasmas que vejo são meus, porque as pessoas continuam gente, de carne, osso, tatuagem e afins. A diferença é que algumas me assombram e causam dor, outras não.

Preciso de terapia urgente!

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