07 novembro 2009

é madrugada.

vejo a mulher que passa de vestido rosa.

dou um gole, remexo os cubos de gelo, bebo novamente.

pouso o copo sobre a mesa, passo os dedos na borda, pensativa.

é madrugada triste.

estou sozinha, em um daqueles bares que mamãe jamais pisaria.

vejo o casal que comemora passando pela rua.

dou um gole e de uma vez termino tudo. só o gelo fica. derretendo.

é madrugada.

tudo que posso fazer é ir embora.

levanto, pago a conta e saio, sem demora.

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