Nasci das cinzas do mundo
Para este mundo adentrar,
Não sou espesso nem profundo
Mas tenho muito o que falar.
Nasci do choro das moças
Que morreram sem se casar,
Carentes de amor e de prazer
Fizeram-me este mundo conhecer.
Nasci dos gemidos dos sofridos,
Conhecedores da fome e da desgraça,
Colocaram-me no mundo
Em estado de graça.
Nasci aos passos do apocalipse,
Aguardando o fim do mundo.
Transformei a vida em poesia,
Derramei amor em tudo.
Paulinha, 28.10.98
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